13 novembro 2012

um belo horizonte.

quando eu tinha 12 anos, adorava vir a Belo Horizonte.
me sentia gente grande, por algum motivo não muito coeso na minha memória.
mas ao mesmo tempo, me sentia uma pirralha que podia fazer a piada que quisesse, porque, no final das contas, era um tempo só da família, e era isso que importava.

e eis-me aqui, 11 anos depois.
me perguntaram quantos anos eu tinha, porque minha agenda na cidade estava muita "adulta" por conta do congresso ~mind blowing~ da defesa civil que eu estou participando.
e a vida agora é de gente grande mesmo: arrumando emprego, fazendo contatos, viajando sozinha, se permitindo mais dizer, fazer e sentir, e sendo mais responsável pelo que se diz, faz e sente.

quando eu tinha 12 anos, não tinha ideia que o hoje, quando estou com 23, seria desse jeito.
e não consigo ter certeza do que serão os 34.
mas os sonhos continuam aqui, daquela mesma menina que perdia o ar de tanto rir cantando o jingle ~só sucesso~ "confetti", uma composição própria das crianças araújo.
daquela menina não muito chegada nos padrões estéticos, que chorava lendo "o diário de anna frank", mas se entediava lendo "o velho e o mar".

pois cresci e continuo chorando com anna frank, não entendendo o sucesso do velho e seu marlin, rindo toda vez que vejo um confetti, achando essa cidade um tanto intrigante por me mostrar o tanto que eu tenho que crescer.